domingo, 4 de março de 2012

Livro 51 - La Llorona - Marcela Serrano


Livro 51 - La Llorona - Marcela Serrano

Para mim, Marcela faz parte da alcatéia de Clarissa Pinkola Estés (autora de Mulheres que Correm com os Lobos). Clarissa fala dos mitos e arquéticos da "mulher selvagem".

Vamos conhecer um pouco da autora:

Marcela Serrano é chilena, nascida em 1951. Estudou Belas Artes na Universidade Católica do Chile, trabalhando no ambiente acadêmico e artístico, não só pela faculdade que cursou, mas também por causa de seus pais - o ensaista Horacio Serrano e a novelista Elisa Pérez Walker, que escrevia sob o pseudônimo de Elisa Serrana. Trabalhava com vários tipos de artes visuais. Com o golpe no Chile, se exilou em Roma, com seu primeiro marido.

Marcela se considera uma escritora tardia, pois começou a escrever aos 38 anos, sendo publicada aos 40.

La llorona é uma das mais famosas lendas mexicanas, embora haja relatos em toda a América latina sobre o mesmo "tema". No Brasil, é conhecida como a "mulher de branco". Na Venezuela, é chamada de "la sayona", e no México, como já dito, de "la llorona", sendo esta a versão mais antiga. É apontada como a deusa Cihuacóati, que, durante a conquista do México, gritava: "meus filhos! Onde os levarei, para não perdê-los?". No folclore hispânico, é considerada a alma penada de uma mulher que afogou seus filhos.

A protagonista, conhecida somente por "ela", teve seu bebê em um hospital, mas deixaram a criança internada. A criança morre, sem corpo para enterrar, sem nada. Simplesmente com a desculpa que não havia ninguém lá para reclamar o corpo, o hospital alega que teve que cremar o corpo. O que realmente aconteceu? A chorona é assassina ou salvadora?

Através de teias invisíveis, ela vai se unindo a outras mulheres, algumas na mesma situação, outras, como a advogada Olívia e a enfermeira Elvira, para ajudá-las a reescrever suas historias - talvez com final feliz, outras não, mas pelo menos com um desfecho.

Deixo um trecho de uma crítica de Arturo Pérez-Reverte, novelista e jornalista espanhol:

"Seus romances são sábios e lucidamente femininos. Ler Marcela Serrano é como entrar nos olhos de todas as mulheres do mundo."

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