sábado, 28 de janeiro de 2012
Livro 17 - O Caderno de Maya
Livro 17 - O Caderno de Maya - Isabel Allende
A primeira vez que ouvi falar na autora foi quando lançaram o filme "A Casa dos Espíritos", com Jeremy Irons, Glenn Close e Meryl Streep, em 1993. A autora sempre teve uma veia "realismo fantástico" e também politizada - sempre fala sobre a ditadura militar do Chile, onde seu tio foi presidente deposto pelo golpe militar (Salvador Allende).
Para quem é familiarizado com a obra de Isabel, os temas principais de seus livros estão lá: seu país, o Chile, política (com a ditadura) e magia e superstições. Embora a temática desse novo livro seja completamente diferente.
A idéia do livro surgiu de um pedido de seus netos, que queriam algo mais "contemporâneo". Surge Maya, uma menina de 19 anos criada pelos avós que, após a morte de seu avô - de seu Popo, como ela o chama, se envolve com drogas, crimes e prostituição - uma fábula moderna. A personagem, nascida em Berkeley, depois de tudo o que passou, é mandada pela avó para uma ilhota ao sul do Chile, onde fica morando com um amigo de sua avó, que sofreu com a ditadura. Com a vida que leva na ilha, com suas superstições e misticismos, Maya acaba aprendendo mais sobre sua avó Nini e sobre ela mesma. Como fala na contracapa, sobre a história: Um passado que a perseguia. Um futuro ainda por construir. E um caderno para escrever toda uma vida. Nesse caderno Maya vai sintetizando e organizando sua própria vida e história.
O livro tem um toque de suspense, e é muito bem trabalhado pela autora, fazendo com que não consigamos largar o livro até saber mais e mais sobre a história.
Maya foi "criada" inspirada em duas netas, e ela conta que foi uma das personagens mais sofridas de escrever, pois sentia que a personagem caia numa teia criada por ela própria, por sua imaturidade, e que a autora "não podia e não conseguia proteger".
Em relação ao misticismo Isabel fala que isso faz parte de sua própria vida, e, consequentemente, de seus livros.
Uma ótima história, um livro que prende a atenção do leitor. É isso que sempre esperamos de um livro, e esse não decepciona!
(Hoje o post está meia boca... culpa do horário... sorry, people)
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ótima resenha, mammys sambando na cara da sociedade villabellense - hazo
ResponderExcluirIsabel Allende sempre surpreendendo e prendendo o leitor
ResponderExcluirAdoro!!
bjokas